quinta-feira, 29 de abril de 2010

Cap. 2 - Ventos Contrários.

Com Arthur internado, e sem ter acordado ainda, Sophia não conseguia ter sua rotina como antes, só tinha vontade de ficar na cama chorando, e pensando em tudo que um dia passou com ele. Então decidiu ligar para sua melhor amiga, Melissa.
Uma menina totalmente meiga e leal a ela, com cabelos cacheados e castanho claro, olhos pretos e um rosto delicado.
Ligou para a amiga, e pediu para que ela fosse até sua casa, precisava de uma amiga pra poder distrair-se um pouco. Logo Melissa chegou e já foi abraçar a amiga. As duas se abraçaram por um longo tempo, e começaram a chorar juntas.
Melissa diz: ''Sophia, não fique assim, ele vai sair dessa, ele é forte, e o amor de vocês mais ainda, não se preocupe tanto ele vai conseguir, eu sei.''
Sophia chorando responde: ''Queria muito poder acreditar no que você diz, Mel, mas estou completamente sem forças, ele não acorda faz 1 semana, não dá sinais de que está melhorando.. não sei mais se tenho esperanças..''
Melissa: ''Não diga isso Sophia, temos que acreditar nele. Não fique assim, isso me mata!''
Sophia: ''Obrigada por estar comigo, não sei o que faria se não estivesse aqui.''

No dia seguinte, Sophia vai ao hospital novamente, para poder saber se ele estava reagindo.. E nada, todas as notícias eram as mesmas. Ela foi até o quarto de Arthur
e deixou uma rosa ao lado da cama dele, deu um beijo em sua testa e disse: ''Meu amor, porque logo você? Não posso suportar um dia mais sem ouvir tua voz, sem te beijar, e sentir você ao meu lado, se você partir, levará metade de mim, e não dá para viver só com uma metade. Eu te amo, e sei que você está me escutando. '' Foi embora chorando e voltou para casa.

Passou mais um longo dia, e uma notícia, Arthur acordou do coma, mas pediu para sua família não comunicar nada à Sophia.
Mas porque ele faria isso? Só quem ama demais alguém, seria capaz de fazer isso. Quem ama, ou amou alguém um dia, prefere que seu amado ou amada, não presencie sua morte. Ele sabia que ia morrer, e assim pediu para que ligassem para Melissa e pedissem para que ela fosse ao hospital, pois tinha algo pra entregar a ela, pediu para que Melissa não avisasse de maneira alguma para Sophia que ele havia acordado.


Melissa não sabia se contava para sua melhor amiga que ele tinha acordado, e assim acabar um pouco com a aflição dela, ou se atendia ao pedido de Arthur que estava prestes a morrer. Alguém que vai morrer não pediria algo que não fosse realmente importante. Então ela resolveu atender ao pedido de Arthur, e foi depressa ao hospital, estava muito curiosa para saber o que era.

Chegando ao hospital, muito nervosa, Melissa entra no quarto de Arthur, e o vê totalmente fraco. Ficou muito abalada com o que viu, e prendendo o choro diz: ''Arthur nem acredito que você está acordado! Se soubesse o quanto esperamos pra você acordar, o quanto rezamos.. o quanto Sophia pediu a Deus para que você.. Ah meu Deus, Sophia! Ela precisa saber que você está acordado..''
Arthur, muito fraco, pediu para que Melissa não falasse mais nada e só o escutasse. Ela se calou e sentou ao lado da cama dele.
Arthur muito fraco e sem voz fala: ''Melissa, sei que não deveria ter pedido para você não avisar a Sophia que acordei, sei que ela vinha muito aqui, eu escutava o que ela dizia, eu sei o quanto ela me ama, e o quanto eu a amo, por isso estou fazendo isso, não quero que ela me veja morrer, e sei que não vou sair dessa..''
Melissa chorando diz: ''Não fale mais isso Arthur, você vai sim, pare com isso! Você não sabe o que está falando.. você..''
Arthut pega na mão de Melissa e diz: ''Eu sei, já fui avisado, minha família também sabe.. Foi tudo muito rápido, eu sei, mas eu não tenho mais forças, eu não queria mesmo que fosse assim, você sabe, todos sabem mas aconteceu. E eu não quero falar disso, te chamei aqui porque quero te entregar uma carta.'' Melissa não estava entendendo bem, mas naquele momento, seu coração disparou e seus olhos brilharam.
É leitores, Melissa era apaixonada pelo Arthur, fazia um tempo. Mas ela era leal a amiga, e nunca revelou e nem se aproveitou disso.
Mas ali, naquele instante foi como se um vulcão entrasse em erupção. Ela abriu os olhos, respirou fundo e disse: ''Uma carta? mas.. Porquê? O que tem nela?''
Arthur diz: ''É Para você entregar a Sophia, preciso que ela leia, eu não quero me despedir dela pessoalmente, não acho justo ela me ver assim.. Me prometa que vai entregar isso a ela.''
Melissa caiu em si. Estava sem ação, a carta não era para ela. E porque seria? Imaginação de menina tola, pensou.
Melissa: ''Tudo bem, você quem sabe.. só acho que está cometendo a maior burrada de sua vida fazendo isso.''
Arthur tinha um último pedido, e diz: "Ah, e não fale que veio aqui, e que entreguei a carta, diga que o médico a entregou.''
Melissa não acreditava que estava fazendo isso, e concordou.
Olhou fundo nos olhos de Arthur e disse: ''Eu vou embora.. Então.. É, eu vou embora''
E saiu correndo do quarto de hospital.
Uma lágrima cai dos olhos de Arthur, que suspira e diz: ''Não sou covarde, só não quero que ela me veja assim. Eu sei que ela vai entender.''
Melissa chega em casa, não consegue entender porque Arthur mandou essa carta logo por ela, parecia que ele estava brincando com ela.
A vida é muito engraçada mesmo, mas o que ela iria fazer? esperar ele morrer pra entregar essa carta pra Sophia? Melissa pensa: ''Meu Deus, em que situação me meti.''

terça-feira, 27 de abril de 2010

Cap. 1 - O início.

Histórias de cidades pequenas sempre parecem ser as mesmas, mas essa tem algo em particular que talvez a diferencie do abitual.

Cidade de Santo Expedito, 6 de junho de 1998. Existiam duas pessoas que estavam ligadas muito mais que imaginavam estar. Uma menina chamada Sophia Hermman de cabelos escuros, ondulados, olhos verdes e pele clara brincava distraída no parque da cidade quando uma bola bate no seu castelinho de areia que estava construindo, e começa a chorar. Até que aparece o dono da bola para se desculpar, um menino chamado Arthur Boa ventura, bem loirinho de olhos bem azuis pega a bola, pede desculpas e volta a brincar do outro lado do parque.

Um pequeno e singelo momento, mas alí era o começo de uma história inesquecível para ambos. Depois desse encontro os dois descobriram uma amizade, foram crescendo e cada vez mais unidos, até que os sentimentos foram aparecendo e sendo descobertos.

Sabe, coisa de primeiro amor? Exatamente assim, tudo parecia ser perfeito, os dois sempre tendo a certeza de que estariam juntos por toda vida. Mas o destino resevava algo para os dois, algo suficiente para abalar uma história de amor, mas nunca para acabá-la.

Eles faziam planos, contavam seus sonhos.. E palavras que nunca seriam esquecidas. Ele dizia: ''Vou me casar com você, ter filhos e vamos ser felizes como nunca ninguém jamais foi.'' E ela só poderia rir diante daquelas palavras, rir e desejar.
Cada dia que passava, era uma felicidade, o amor de novela que só crescia. E podemos dizer que realmente nasceram um para o outro, assim se passaram alguns anos, e o Arthur estava com 17 anos, todo esperançoso de passar na sua tão sonhada faculdade de medicina.

Enquanto Sophia com 15 anos, ainda cursava o primeiro ano na mesma escola onde Arthur se formou. Arthur consegue então passar na sua faculdade, e cursar a tão sonhada medicina que era completamente apaixonado, tudo estava certo, nem parecia acreditar no que vivia e seu relacionamento com Sophia ainda era firme e forte, ainda se amavam muito e as promessas nunca foram quebradas, e nem seriam, pelo menos por parte deles mesmos. Então chega um momento de extrema importância para os dois, um momento que Arthur havia esperado durante anos.

O momento da primeira transa dos dois. Tudo da maneira mais perfeita Arthur preparou, velas, insensos, rosas, a música preferida da Sophia *this love - the veronicas* Enfim, tudo da maneira que qualquer garota gostaria que fosse. No grande momento Arthur diz: ''Quero que saiba, que para mim esse momento demonstra simplesmente todo meu amor por você, mas não pelo fato de estarmos indo fazer algo que necessitamos, mas simplesmente por te entregar meu coração, aqui, agora e para sempre."

Totalmente nervosa e chorando diante de tudo aquilo, Sophia nem sabia o que dizer depois de todas aquelas palavras estupidamente lindas, mas ela teria que dizer algo, nem que fosse apenas um ''obrigada''. Então ela diz: ''Não posso dizer nem a metade do que você me disse, não sou boa com as palavras você sabe, mas quero que saiba que nunca vou encontrar alguém como você em toda minha vida, e sei que esse momento agora, é pra mim exatamente o que é pra você, simplesmente mágico e marcante em minha vida."
Depois de todas as juras feitas, o grande momento aconteceu, e talvez alí seria o único momento que eles realmente poderiam estar juntos em carne e osso. Sim, carne e osso, porque a alma de duas pessoas que se amam, jamais se largam.

Logo após o acontecido na noite passada, Arthur não se sente muito bem, sente tonturas e uma forte dor na cabeça. Resolve ligar pra Sophia, e diz: ''Amor, não me sinto muito bem, há algo de errado comigo, acho que vou.. ''
Do outro lado da linha Sophia desesperada diz: ''Arthur? o que aconteceu? você está aí? Arthur!'' Tu Tu Tu..
A ligação cai, e Sophia não consegue entender o que está acontecendo, vai correndo até a casa dele e se depara com uma ambulância na frente da casa de Arhur, e com a mãe dele com o telefone em mãos chorando. Sophia pergunta onde está Arthur e a mãe dele responde que já está na ambulância, muito desesperada sai correndo e entra na mesma.
Mas como lidar com uma situação, em que a pessoa que você mais ama no mundo está correndo risco? Como entender que aquele alguém que nunca soltou a sua mão nem por um breve instante, poderá simplismente soltá-la para sempre?

Ao chegar no hospital Sophia quis entender o que estava se passando, e recebeu a triste notícia que Arthur estava com um tumor malígno no cérebro. Naquele momento foi como se todo o mundo simplesmente perdesse a cor, como se nada mais pudesse ter vida.
E não teria, sem Arthur, nada seria o bastante. Então respirou o mais fundo que pôde, encheu o peito de ar, o suficiente pra que depois de 2 segundos um pranto de lágrimas desabrochassem de seus olhos.
Assim uma longa semana se passou, Não mais aguentando aquela situação, decidiu que iria tentar falar com Arthur, mesmo que não pudesse, ela precisava olhar pra ele e ver como ele estava, se precisava de algo que ela pudesse fazer, mesmo que fosse mínimo.

Ao chegar no quarto de Arthur,o viu dormindo, muito pálido, sem seus cabelos loiros caídos sobre os olhos, e visivelmente sem forças, não conseguia acreditar que ele estava alí, parado naquela cama de hospital. Logo ele, com tantos sonhos, tantos planos.. E com uma vida inteira pra viver ao lado dela, não era justo.

Chegou mais perto pra que pelo menos pudesse toca-lo, e sentir que ele ainda estava alí. Ela só queria que ele pudesse olhar pra ela, reconhecê-la. Reconhecer a garota, que ele sempre amou que ele viu crescer. Mas ele não abriu os olhos em momento algum. E pra tristeza de Sophia ela teve que ir, aqueles 10 minutos parada olhando pro rosto dele cansado a fez perceber que a vida é mesmo passageira e que ela já não sabia de mais nada.

Avisos

Antes de começarmos com a história gostaria de dar alguns avisos aos leitores.

Inicialmente, iremos postar duas vezes por semana, ás terças e quintas. Se houver alguma mudança informaremos, mas por enquanto estes são os dias.

Haverá cenas de sexo. Nada muito forte ou vulgar. Se você acha que tem idade suficiente para ler, leia.
Podendo haver também alguns palavrões, mas enfim...

Bom, acho que é só isso. :B
Sugestão ou critica na caixinha aí do lado. :)



@caarolvilaca