sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cap. 4 - Mentiras, segredos e medo.

O celular dela começou a tocar, era Melissa, que provavelmente queria saber como amiga estava. Mas Sophia não atendeu o celular, e então foi em direção a sua casa.
Ao chegar em casa, estava sua irmã Maria Eduarda, de 11 anos jogada no sofá assistindo a um desenho qualquer na TV. Ela foi andando até a cozinha onde encontrou seu pai fazendo alguma comida no fogão.
Sophia: Pai, já estou em casa. O pai de Sophia, Carlos Hermman de 45 anos levou um susto ao ver a filha.
Carlos: Filha? Ah meu Deus, onde você estava? Estava tão preocupado. Vá para o quarto, levo sua comida lá.
Sophia estava séria enquanto seu pai a abraçava.
Sophia: Vou para o quarto.

Sr Carlos ficou assustado pela reação da filha, ele sabia o quanto Sophia amava Arthur, e não entendia essa reação tão fria.
Enquanto isso, Sophia entra em seu quarto e se joga na cama como se ali pudesse ser seu próprio refúgio. Ou talvez não, porque ali tudo a fazia lembrar de Arthur, as paredes com fotos, as recordações dos dois ali, naquela cama.
A última vez que puderam estar juntos, de verdade, foi naquela cama. E agora estava ela lá, sozinha e sentindo o cheiro dele por toda parte.
Ela então fechou os olhos, chorou, e dormiu. O pai dela bateu na porta, e nada, então resolveu entrar.
Quando entrou viu a filha adormecida como uma criança indefesa, e deixou a comida do lado da cama dela, e a cobriu com a coberta, alisou seus cabelos negros, e saiu.

Mais tarde, Melissa de tanto ligar, desistiu e resolveu ir até a casa de Sophia. A caminho da casa da amiga, ela começou a lembrar das palavras de Arthur para ela, e ficou pensando que poderia estar fazendo a pior besteira de sua vida.
Mas mesmo assim ela parecia estar certa do que fazia. Colocou a mão no bolso, e tirou a carta de dentro dele. Ela olhou para a carta com olhos de tristeza, e ficou um tempo parada, tentando pensar no que fazer.
Começou a pensar: ”Se eu não entregar, ela nunca saberá que eu não contei para ela que ele tinha acordado. Mas estarei sendo muito falsa com a Sophia.. Ela é minha amiga.”
Mas depois pensou: “E se eu entregar? Ela vai me odiar para sempre. E vai sofrer mais, por causa dessa carta, é melhor não. Ela precisa esquecer isso.''
Continuou andando, até que chegou à casa de Sophia, guardou a carta no bolso, suspirou fundo e bateu na porta.
O pai de Sophia que abriu a porta.
Sr Carlos: Olá Melissa!
Melissa: Olá, senhor Carlos, você sabe se a Sophia está? Ela não atende minhas ligações.
Sr Carlos: Ela está em casa sim, Melissa, chegou hoje de manhã.. E já dormiu, mas se quiser ir lá vê-la, claro que pode.
Melissa: Ah obrigada, Sr Carlos, vou sim.
Então Melissa foi até o quarto de Sophia, e viu a amiga dormir. Sentou o lado dela e Sophia acordou.
Sophia: ''Mel? Mel... Desculpe não ter atendido as ligações, é que eu precisava mesmo ficar sozinha. Aliás, ainda preciso. ''
Melissa: ''Tudo bem Sophia, eu entendo... Mas é que eu realmente fiquei preocupada. E como é que você está agora?''
Sophia levantou-se da cama.
Sophia: “Estou péssima, não sei nem como estou para falar a verdade.”
Melissa: ”Hum... Você já sabe que estou aqui sempre, né?”
Sophia: “Sei sim, Mel, já te agradeci por isso. Mas eu queria mesmo ficar sozinha.”
Melissa: “Entendi, mas queria te falar uma coisa.”
Sophia: “O que?”

Melissa parecia estar muito nervosa, e levantou da cama. Sophia olhou a amiga, e não entendia. Melissa olhou para o porta-retrato que estava ao lado do computador, eram Sophia e Arthur.
Uma lágrima caiu dos olhos dela, mas Sophia não percebeu.
Sophia: “O que há, Mel?”
Melissa: “Eu queria saber, se você ficou chateada por o Arthur ter acordado e não ter chamado você... para dar o Adeus...”

Sophia arregalou os olhos cheios de olheiras e disse: “Ahn? Mas que diabos você está falando? Ele não acordou, Mel, ele morreu sem ter acordado. Está louca?''
Melissa: ”Ah, ah, é, é mesmo... Enganei-me, não, esquece.. Estou realmente louca.”
Sophia pegou no braço de Melissa: “Mas porque você disse isso? Conte-me isso direito, Mel, não me engane. Eu já vi que há algo errado.”
Melissa muito aflita: “Não, Sophia, eu realmente me enganei... Eu preciso ir. Você não quer ficar só? Então.”
Sophia pegou mais forte no braço da amiga: “Me conte isso, Melissa! Como assim ele acordou? Você não parecia estar enganada, quero a verdade. Será que todos sabem de tudo, menos eu?”

Melissa tremia e suava. Puxou o braço das mãos de Sophia: “Sophia, isso foi o que o médico me disse, tá bom. Eu pensei que soubesse...”
Sophia estava intacta, gelada e tremendo muito, sentou-se na cadeira do computador, colocou as mãos no rosto e só conseguia chorar. Um choro de dor? De perda? Ou de ódio?
Melissa tentou abraçar a amiga, mas Sophia gritou que queria ela fora dali, ela não queria mais ninguém por perto dela.
Melissa sentia-se um nada, e foi embora.

5 comentários:

  1. ai carramba que tenso.. mas acho que se eu estivesse no lugar da Mel teria mostrado mesmo a carta que Arthur escreveu

    www.techupocomcanudinho.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. vocês só sabem começar algo, se não sabem como terminar ou não tem como para que então inventam heim?

    ResponderExcluir